domingo, 7 de abril de 2024

Estrada do Rei - Jordânia


 
Amã
Uma cidade que se espraia por 19 colinas ou "jebels". Amã é a capital moderna - e a capital antiga - do Reino Hachemita da Jordânia.

The Roman Theatre in Amman.






Conhecida por Rabbath-Ammon durante a Idade do Ferro e mais tarde por Philadelphia, a antiga cidade que fez parte da Liga de Decápolis, tem hoje uma população de cerca de 1,5 milhões de habitantes. Frequentemente referenciada como a cidade branca, devido às casas de pedra baixas, Amã oferece uma variedade de locais históricos. Sobranceiro a Amã, o local das
fortificações iniciais é hoje palco de várias escavações que revelaram vestígios do Paleolítico, bem como do período helénico e de finais do período romano até à Idade Islâmica Árabe. O local conhecido por Cidadela tem várias estruturas tais como o Templo de Hércules, o Palácio Omíada e a Igreja Bizantina. Ao fundo da Cidadela fica o Teatro Romano de 6000 lugares, uma concavidade esculpida na colina e que ainda é usado em eventos culturais. Outro teatro recém restaurado é o Odeon de 500 lugares que é usado para concertos. Os três museus encontrados na área dão uma perspectiva sobre a história e a cultura. São o Museu Arqueológico da Jordânia, Museu de Folclore e o Museu de Tradição Popular.




Madaba
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The Mosaic at St. Georges Church in Madaba.
A viagem para sul de Amã pela Estrada do Rei que tem 5000 anos Kings Highway é uma das viagens mais memoráveis na Terra Santa, passando por vários locais antigos. A primeira cidade a conhecer é Madaba, , “a Cidade dos Mosaicos". Principalmente conhecida pelos seus espectaculares mosaicos bizantinos e omíadas, Madaba é o local onde podemos encontrar o famoso Mapa de Mosaico de Jerusalém e da Terra Santa do século VI. Com dois milhões de peças de cores vivas feitas de pedra local, ilustra as colinas, os vales, as aldeias e as cidades até ao Delta do Nilo. Outras obras de arte de mosaicos encontradas da igreja da Virgem e dos Apóstolos e no Museu Arqueológico descrevem uma extravagante profusão de flores e plantas, aves e peixes, animais e bestas exóticas, bem como cenas da mitologia e cenas de caça, pesca e agricultura do dia-a-dia. Há, na verdade, centenas de outros mosaicos dos séculos V a VII espalhados pelas igrejas e casas de Madaba.

Petra
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The Treasury at Petra.
A antiga cidade de Petra é um dos tesouros nacionais da Jordânia e de longe a sua atracção turística mais conhecida. Situada a cerca de três horas a sul de AmãPetra é o legado dos nabateus, um engenhoso povo árabe que se fixou na Jordânia do sul há mais de 2000 anos. Admirada pela sua cultura refinada, arquitectura imponente e engenhoso conjunto de represas e canais de água, Petra é património mundial da UNESCO e encanta visitantes de todo o Mundo. Muito do charme de Petra provém do seu enquadramento fantástico: lá no fundo de um desfiladeiro no deserto. Para chegar ao local, é preciso atravessar um longo desfiladeiro ou "siq" cujas paredes se elevam a 200 metros de altura. O monumento mais famoso de Petra, o Tesouro, surge, de forma dramática, no fim do "siq". Usado na sequência final do filme "Indiana Jones e a Última Cruzada", a imponente fachada do Tesouro é apenas um dos muitos prodígios arqueológicos a explorar em Petra. Os vários caminhos e subidas revelam centenas de edifícios, túmulos, banhos públicos, câmaras funerárias, templos, portas com arcos, ruas com colunas e impressionantes inscrições petrográficas, bem como um teatro ao ar livre com 3000 lugares, um mosteiro gigante do século I e um museu arqueológico moderno - tudo para explorar com calma. No século XIII, o Sultão Mameluco mandou construir um modesto templo para assinalar a morte de Aarão, irmão de Moisés, lá no alto do monte Aarão na cordilheira de Sharah
Jerash
Em segundo lugar, depois de Petra na lista dos destinos preferidos da Jordânia, temos a antiga cidade de Jerash que tem uma história de presença humana que remonta a mais de 6500 anos. A era dourada da cidade foi durante o domínio romano e o local é hoje reconhecido como uma das cidades romanas de província mais bem conservadas do mundo. Escondida durante séculos na areia, antes de ser escavada e restaurada nos últimos 70 anos,Jerash é um belo exemplo do grandioso urbanismo romano provincial e formal que é encontrado por todo o Médio Oriente com ruas de colunatas e pavimentadas, templos altaneiros no topo das colinas, belos teatros, amplas praças públicas e largos, banhos públicos, fontes e muralhas da cidade nervuradas por torres e portas. Por debaixo da sua aparência externa greco-romanaو Jerash preserva ainda uma mistura subtil do oriente e do ocidente. A sua arquitectura, religião e idiomas reflectem um processo de união e coexistência de duas poderosas culturas: o mundo greco-romano da bacia do Mediterrâneo e as tradições do Oriente Árabe.
Aqaba
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The Fort at Aqaba.
Conhecida pelos recifes de coral e pela vida marítima singular, esta cidade portuária do Mar Vermelho foi, nos tempos antigos, o principal porto das embarcações que iam do Mar Vermelho para o Extremo Oriente. O Forte Mameluco, um dos principais pontos históricos deAqaba, rfoi reconstruído pelos mamelucos no século XVI. De forma quadrada e flanqueado por torres semi-circulares, o forte tem várias inscrições que assinalam o último período da dinastia islâmica. As escavações actuais num local antigo da cidade de Ayala do período islâmico inicial com as suas duas ruas que se intersectam a meio e datadas do século VII já revelaram uma porta e uma muralha da cidade juntamente com torres, edifícios e uma mesquita. O museu acolhe uma colecção de artefactos recolhidos na região, incluindo objectos de cerâmica e moedas. Aqaba é também o local onde podemos encontrar Hussein Bin Ali, bisavô do Rei Abdullah II. Há outros locais de interesse como por exemplo o edifício de tijolos de adobe, que se crê ser a igreja mais antiga da região.
Castelos do deserto
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Qusair Amra.
Os castelos do deserto da Jordânia, belos exemplos da arte e arquitectura islâmica inicial, são a prova de uma era fascinante na rica história do país. Os seus belos mosaicos, frescos, inscrições na pedra e em estuque, e ilustrações inspiradas pelo melhor que a tradição persa e greco-romana tem contam inúmeras histórias da vida tal como era no século VIII. Apelidados de castelos devido à sua imponência, os complexos do deserto tinham, na verdade, várias finalidades, servindo de posto paras as caravanas, centro agrícola e comercial, pavilhão e posto avançado, para auxiliar os governantes distantes a estabelecer laços com os beduínos locais. Muitos destes castelos preservados, agrupados a leste e a sul de Amã, podem ser visitados num dia ou dois a partir da cidade.

Qusair Amra, um dos momentos mais bem conservados é património mundial da UNESCO. No seu interior, as paredes e os tectos estão cobertos por expressivos frescos e duas das salas têm mosaicos no chão.

Qasr Mushatta, Qasr al - Kharrana, Qasr at -Tuba e Qasr al - Hallabat foram restaurados e estão em excelente estado. O forte de basalto negro de Azraq, ininterruptamente usado desde o tempo dos romanos, foi o quartel-geral de Lawrence da Arábia durante a Revolta Árabe.

RESERVA NATURAL DA ZONA ÚMIDA DE AZRAQ
Azraq é um singular oásis de zonas húmidas no coração do deserto leste semi-árido da Jordânia, uma das várias e belas reservas naturais geridas pela SRPN. Das suas atracções fazem parte várias lagoas naturais e antigas, um terreno pantanoso que é inundado conforme a estação do ano e um lodaçal conhecido como Qa'a Al-Azraq. Uma ampla variedade de aves faz uma paragem na reserva todos os anos para descansar das árduas rotas migratórias entre a Ásia e a África. Algumas ficam no Inverno ou reproduzem-se nas zonas protegidas das zonas húmidas.

A melhor altura para visitar Azraq é no final do Outono, Inverno ou do Verão. A água das chuvas cria com frequência lagoas e pântanos na reserva que continuam a atrair várias espécies de aves sazonais. O êxito das visitas para observar aves depende, em grande parte, da quantidade de água acumulada na reserva. 

Geologia:Azraq tem uma história geológica deveras interessante. Já foi um vasto oásis com as suas lagoas que são cheias por uma complexa rede de aquíferos alimentados principalmente pela zona de Jebel Druze no sul da Síria – as águas demoram 50 anos a seguir o seu rumo. À volta do oásis, há cerca de 60 quilómetros quadrados de silte, debaixo do qual existe uma grande concentração de sal.

RESERVA DE SHAWMARI

A Reserva de Shawmari é um centro de reprodução de algumas das espécies mais em perigo e raras da vida animal do Médio Oriente. Nesta pequena reserva, há uma grande concentração de oryxes árabes, uma espécie que já esteve à beira da extinção. Também há avestruzes, hemíonos e graciosas gazelas do deserto. A população destes animais está a recuperar neste porto de abrigo onde estão protegidos dos caçadores e da destruição do habitat que ameaçavam a sua existência.A Reserva de Shawmari tem uma variedade rica de plantas do deserto, porque a vegetação dentro da reserva está protegida do pasto intensivo das ovelhas e das cabras fora do seu perímetro. Shawmari contém um grande número de espécies de plantas, incluindo a Atriplex, alimento natural dos hemíonos e oryxes.
Qusair Amra é património mundial da UNESCO.


Castelos dos Cruzados
Aqueles que nutrirem um fascínio pelos mitos e lendas dos Cruzados têm um segundo grupo de castelos. A pitoresca Estrada do Rei está pejada de vestígios de fortes e postos avançados dos Cruzados. Os mais importantes são Karak e Shobak - exemplos fascinantes das tradições arquitectónicas e militares da época. Nas galerias, torres, capelas e baluartes ainda ecoa a intrepidez dos Cruzados que os construíram há quase mil anos.
Ajloun

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Ajloun Castle.
O castelo de Ajloun (também conhecido por Qal'at [Castelo] ar-Rabad) foi mandado construir em 1184 por 'Izz ad-Din Usama bin Munqidh, general de Saladino, que defendeu os Cruzados em 1187. A forteleza, que é um belo exemplar da arquitectura islâmica, dominava uma grande parte do norte do Vale do Jordão e as suas passagens. Do alto da sua posição, Castelo de Ajloun protegia as rotas de comunicação entre o sul da Jordânia e a Síria e era um entre um conjunto de fortes que tinha um sinal luminoso à noite para transmitir sinais do Eufrates até ao Cairo. Hoje,o Castelo deAjloun é um monumento esplendoroso com uma série de torres, câmaras, galerias e escadarias para explorar, ao passo que a sua posição no cimo da colina oferece umas vistas fenomenais sobre o Vale do Jordão.



Karak
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Karak Castle.
O próprio forte é um escuro labirinto de salas de pedra e passagens intermináveis. As mais bem preservadas são as subterrâneas cujo acesso é feito por uma grande porta (pergunte na bilheteira). A imponência do castelo sobrepuja a sua beleza, apesar de ser um impressionante exemplo do génio dos Cruzados no domínio da arquitectura militar. O habitante mais famoso de Karak foi Reinaldo de Châtillon cuja reputação de perfídia, traição e brutalidade é inigualável. Quando Balduíno II morreu, o seu filho de 13 anos acometido pela lepra, negociou a paz com Saladino. O Rei Leproso, todavia, morreu sem deixar herdeiros e assim surgiu Reinaldo que casou com Estefânia, a viúva rica do regente de Karak assassinado. Prontamente rompeu as tréguas com Saladino que regressou com um grande exército pronto para a guerra. Reinaldo e o Rei Guy de Jerusalém comandaram as forças dos Cruzados e sofreram uma derrota arrasadora. Reinaldo foi feito prisioneiro e decapitado pelo próprio Saladino, assinalando o início do declínio da fortuna dos Cruzados. O castelo foi ampliado com uma nova ala ocidental acrescentada pelos Aiúbidas e Mamelucos.
Shobak
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Shobak Castle.
O Castelo de Shobak, a pouco menos de uma hora de Petra, é uma recordação isolada da antiga glória dos Cruzados. Outrora chamada "Monte Real", Shobak remonta ao mesmo período turbulento de Karak. Está empoleirada numa encosta da montanha, com uma vasta área de árvores de fruto em baixo. O exterior do castelo é impressionante com uma porta ameaçadora e muralha tripla. Não obstante os cuidados do seu construtor, a fortaleza caiu nas mãos de Saladino, 75 anos apenas depois de ser erguida. Na muralha do castelo podemos ver inscrições dos seus orgulhosos sucessores.


Umm Qays
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Ruins at Umm Qays.
Para além de Jerash e Amã, Gadara (actual Umm Qays) e Pella (Tabqat Fahl) foram cidades de Decápolis, e cada uma tem o seu próprio charme. Empoleirada numa soberba colina sobranceira ao Vale Jordão e ao Lago de Genesaré, Umm Qais tem impressionantes ruínas antigas, um esplendoroso teatro de basalto negro, um basílica e o seu pátio adjacente com vários sarcófagos negros delicadamente esculpidos, uma rua principal com colunatas e uma rua perpendicular com lojas, um mausoléu subterrâneo, dois banhos públicos, um nymphaeum, uma porta da cidade e ténues vestígios do que outrora foi um hipódromo.


Pella (Tabqat Fahl)
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Graeco-Roman ruins at Pella.
Pella é excepcionalmente rica em antiguidades, algumas das quais extremamente antigas. Para além das ruínas escavadas do período greco-romano, Pella oferece aos visitantes a oportunidade de ver as ruínas de uma povoação do Calcolítico do quarto milénio a.C., as ruínas de cidades muralhadas da Idade do Bronze e da Idade do Ferro, igrejas e casas bizantinas, uma residência de inícios do Período Islâmico e uma pequena mesquita medieval.



Umm Al Jimal
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Basalt arches at Umm al Jimal.
A mais a leste de todas as principais cidades do norte, Umm al Jimal está situada na orla da planície do deserto basáltico de leste, junto a uma estrada secundária perto de várias antigas rotas comerciais que ligavam o centro da Jordânia à Síria e ao Iraque. Entre as principais estruturas a visitar, destacamos as altas casernas com a sua pequena capela, várias igrejas grandes, várias cisternas de água abertas e com telhado, as ruínas de um forte romano e os vestígios de várias portas da cidade. 



Umm ar Rasas
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Excavations at Umm ar Rasas.

As escavações em Umm ar Rasas revelaram alguns dos mosaicos bizantinos de igreja mais impressionantes, incluindo uma enorme tapeçaria que descreve cidades do Antigo Testamento e do Novo Testamento nas margens ocidental e oriental do Rio Jordão. Outra característica do povoado muralhado de Umm ar Rasas é uma torre bizantina de 15 metros de altura usada pelos monges cristãos primitivos que procuravam o isolamento. Umm ar Rasas é património mundial da UNESCO.



A Estrada do Rei
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A towering monolith at Petra.
A Estrada do Rei serpenteia pelas várias zonas ecológicas do país, incluindo as florestas das terras altas, os planaltos agrícolas, as fundas ravinas, a orla do deserto a leste e o ameno e tropical Golfo de Aqaba. A ladear esta via de 335 km encontramos uma vasta selecção de locais arqueológicos que se assemelham a um índice de um livro de história e a um dicionário geográfico bíblico: aldeias pré-históricas da Idade da Pedra, cidades bíblicas dos reinos de Ammon, Moabe e Edom, castelos dos Cruzados, alguns dos melhores mosaicos bizantinos do cristianismo primitivo no Médio Oriente, uma fortaleza romana-herodiana, vários templos nabateus, duas grandes fortalezas romanas, cidades do início do Islamismo e a capital nabateia esculpida na rocha Petra. Mencionada pela primeira vez na Bíblia, a Estrada do Rei era o percurso que Moisés queria tomar para levar o seu povo para norte através de Edom que hoje fica no sul da Jordânia. O nome, todavia, poderá derivar do episódio anterior que é contado no Génesis 14 quando uma aliança de "quatro reis do norte" avançou com as suas tropas por esta via em direcção à batalha contra os cinco reis das Cidades da Planície, incluindo as imorais cidades de Sodoma e Gomorra.

INFORMAÇÃO CULTURAL

Galerias de arte na Jordânia
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Art Gallery in Amman.
A Jordânia é um centro de belas artes em rápida ascensão e conta com cada vez mais artistas do sexo feminino. Hoje, os artistas de vários países árabes encontram liberdade e inspiração na Jordânia. A Galeria Nacional Jordana de Belas Artes (Tel.: 4630128, Fax: 4651119), por exemplo, tem uma bela coleção de quadros, esculturas e cerâmica e artistas jordanos e árabes contemporâneos. A Associação Jordana de Artistas pode ajudar a organizar visitas aos estúdios e galerias de Amã.



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