domingo, 25 de maio de 2014

ONDE ESTARÁ A NOSSA FALHA?



Será que nossos investimentos sempre foram feitos de maneira errada, no foco errado e sem objetivo?
A cultura de
um povo, uma vez formada, não precisa de meios de propagação além do que ela própria exerce por si, pois essa é a fortuna e tesouro de um povo,e se propaga de pai para filho em gerações, mas primeiro tem que existir. Pelo menos a escrita e a leitura, o resto se aprende ouvindo e fazendo.
As empresas, as fábricas e as plantações são renováveis em 1 ou 1o anos e seriam erguidos ou reerguidos facilmente em pouco tempo e um pouco de esforço de guerra.
Mas a ignorância e a burrice podem levar séculos para ser retirada de um povo inculto e a sabedoria nunca se esquece.
Porque a sabedoria persiste e subsiste de pai para filho e a bagagem da cultura de geração em geração vira tradição.
Saber ler e escrever para poder se entender.

Mas, começamos tarde a progredir.
Pois quem dera tivéssemos sido aqui um lugar para se morar, porque era e sempre foi uma colonia extrativista e o dono sempre foi de fora.

Por mais de trezentos anos este país foi colonia de um povo mesquinho e soberbo, que para cá nada trouxe de costumes, nada trouxe de cultura, de capital, de sabedoria, de gente culta. Nem o básico da civilização  e do conhecimento tivemos aqui, por todos esse tempo. Nada se implantou nos alicerces da nação, só escolas para educar índios para o trabalho escravo e igrejas. 
Todavia, daqui muito se levou e enriqueceu a poucos e estes enriqueceram outros mais espertos, que eles. 
Este ainda é chamado País do Futuro, numa clara referência de que aqui nada havia de realizado, e havia muito a ser realizasdo, pois sempre tivemos um grande potencial.
Mas, tínhamos ainda um povo inerte e não soberano, com um ou dois heróis nacionais de verdade, que lutaram praticamente sozinhos, sendo admirados de longe por um povo sossegado distante da política e tranquilo, sem lutas internas. 
Povo afável, mas também um povo vazio de cidadania, de politica e de cultura. Igualmente não teve ou desprezou o pouco que teria de tradição ou de noção do que é ser realmente um povo.
Não se desmembrou, porque ninguém queria saber de nada e nem possuía nada que não fosse do governo. 
Nasceu Império sem dono certo e sem motivação moral de conquistar ou de ser melhor do que estava sendo. E em continuidade obteve uma república sem moral e uma democracia elitista dominando um povo, o seu cabrestado eleitor sem instinto e sem educação. Cujo cabresto ou cabo eleitoral é a cultura do desinteresse e do "deixa pra lá" para ver como é que fica e da corrupção ativa e passiva.

Somos maiores e melhores e não sabemos

Aqui haviam pessoas que viviam como se estivessem e vivessem numa colonia de férias, abençoada por Deus, com serviçais pagos em bananas.Tudo o que havia de bom tinha que vir de fora. 
Toda cultura e produção nacional era posta em segundo plano e o que comprovadamente fosse bom ia para fora.
Nosso ouro foi levado embora, e não foi aos poucos, mas aos montões. 
Fez crescer outro continente que hoje não mais se sustenta sozinho, mas que ainda manda nas colonias e é dependente de nossas riquezas e de outros povos colonia.
No Brasil, nem se tinha o que comprar ou ou como fazer e vender porque o Rei da Colonia não permitia que se fizesse: não tinha jornal nem escola, nem banco; só uma igreja e seus devotos e ninguém sabia ler.
Toda herança que temos vinda da Sede da Colonia é a herança da língua falada, mas com sotaque local e mesmo assim ainda sem energia na impostação dos vocábulos e sem pressa. 
Não temos a mesma enrolação da língua no palato, mas deveríamos ter muita vergonha de termos sido explorados calados. 
Ponto, parágrafo curto, exclamação: Ainda até hoje !!!!

Até hoje o nativo daqui ainda não sabe ao certo aonde pode chegar, aonde deve ir ou não se dá conta do que pode fazer e de aonde deve chegar. Não sabe bem de onde veio e tampouco para onde que ir; A maioria parece querer isso mesmo, ficar assim.


E quanto a nós?

Ninguém nos tira a grandeza de sermos brasileiros e gente de uma nação tão generosa e de um povo tão amigo, até obediente e servil.
Já nasceram centenas de milhões de brasileiros, entre os que passaram e se foram. Hoje somamos 200.000.000 e destes, muitos produzem lá fora porque aqui nesta terra bendita e abençoada por Deus, ainda não se tem ou não se produz por aqui as ferramentas de trabalho. E aquele que pode, o inventor, o empreendedor, o cientista daqui e até quem deveria ensinar e não tem meios para agir e não tem valor algum.
Em meio século triplicamos a população e mantivemos a ignorância.  
De quase ignorantes do resto, somos adoradores do futebol, da praia, do carnaval e da lascívia.
Se a cada técnico de futebol se substitui-se por um tecnico em uma profissão, seremos campeões de eficiência.
Seria melhor não ter refinarias e nem café e nem cana, porque se tivéssemos um povo educado e culto, hoje teríamos uma nação gigante em lugar de uma nação carente e com uma geração de bandidos e ladrões e desempregados, que não tem outra opção, a não ser o apelo desesperado.

rodneySlucas



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